Por Victor Rossetti

Michael Behe teve sua proposta da complexidade irredutível descartada em 2005 em Kitzmiller v. Dover Area School District. A corte entendeu que a alegação da complexidade irredutível de Michael Behe foi refutada em trabalhos de pesquisa revisados. Ele foi rejeitado pela comunidade científica em geral já que nunca foi encontrado um exemplar na natureza que combinasse com a complexidade irredutível.
A complexidade irredutível segundo o livro A Caixa preta de Darwin de Behe alega que alguns sistemas bioquímicos são irredutivelmente complexos. Isso significa que a remoção de uma das partes destrói a funcionalidade de todo o sistema. Portanto, a complexidade irredutível elimina a possibilidade de um sistema ter evoluído, portanto só pode ter sido obra de um designer inteligente.
Existem muitos criacionistas que cientificamente não encontram uma forma de provar a existência da complexidade irredutível e acabam buscando constantemente e obsessivamente provar que a evolução é uma proposta que não nos serve.
Obviamente que a complexidade irredutível é abraçada pelos criacionistas, o criacionismo mascarado, ou seja, da tentativa de fazer do cristianismo uma ciência. Portanto, a negação do darwinismo é feita primeiramente não porque cientificamente é infundada. Há mais de 150 anos de publicações de artigos científicos evidenciando sistematicamente a evolução. A negação é com base primeiramente no dogma religioso da criação, que está ferido a mais de 150 anos. O que de certa forma é uma grande besteira, uma vez que a criação de Genesis é claramente um texto simbólico, metafórico e que erroneamente é interpretado como literal. Assim, prega-se o absurdo da criação do universo e desses sistemas bioquímicos complexos em míseros 6 dias.
Vejamos o caso do criacionista William Dembsky autor de The Design Inference. A negação do darwinismo é feita nao com base cientifica mas com base religiosa, porque fere a formação religiosa dele. Antes de ser um cientista Dembsky tem uma formação religiosa forte que reflete até em sua vida academica. Ele foi professor de Teologia e Ciência no Southern Baptist Theological Seminary em Louisville, Kentucky, o primeiro diretor do novo Centro para Teologia e Ciência da escola e Ph.D. em filosofia e mestrado em divindade pelo Seminário Teológico de Princeton e assumidamente cristão ortodoxo praticante. Me parece obvio que um teólogo cristão negue o naturalismo darwiniano não por razões cientificas mas antes de tudo, dogmáticas.
Esse descarte da complexidade irredutível em 2005 foi feito porque não foram apresentadas provas concretas que evidenciem a principal proposta criacionista. A evolução tem em seu favor evidências, contribuindo com a proposta de Darwin.
Behe falha em alguns pontos de sua argumentação quando diz que um sistema irredutivelmente complexo não pode ter surgido pela evolução.
Partes isoladas da maquinaria molecular do flagelo das bactérias funcionam isoladamente tendo outras funções, ou funções debilitadas.
A irredutibilidade de um sistema pode ser alterada quando uma de suas partes for removida, o que demonstra que um sistema não pode ter evoluído pela adição de partes prontas, mas talvez pela deleção de trechos, adição de múltiplas partes, por exemplo, a duplicação de grande parte ou da totalidade de um sistema ou ainda a exaptação deles (mudanças de funções).
Esses mecanismos já são evidenciados em literatura cientifica e respaldados por mutações genéticas, incluindo a deleção e duplicação genética que são relativamente comuns.
Usemos um outro exemplo. Partimos da idéia de que o flagelo é complexo o suficiente para ser criado ou não pela evolução. Isso porque o flagelo bacteriano é um tubo oco com composto pela proteína flagelina de forma helicoidal, com uma dobra à saída da membrana celular que faz com que a hélice fique virada para o exterior da célula.
O flagelo bacteriano é ativado por um motor rotativo composto de proteínas, localizado no ponto da membrana interna onde o flagelo tem a sua origem, e é movido por um fluxo de prótons causado por um gradiente de concentrações originado no metabolismo da célula que transporta esses elementos através da membrana e promove movimentações capazes de operar em até 17.000 rpm.
Bem, se pensarmos nos componentes moleculares que formam este flagelo veremos que ele não parece ser tão complexo quando comparado com uma perna.
Uma perna é formada por um conjunto de ossos, como as células osteoblastos, e deposição de cálcio. Na perna há um conjunto de fios que medem e informam ao cérebro a força necessária para se movimentar.
Ainda há um conjunto de mais de 12 músculos (na região anterior há o Tibial Anterior, Extensor Comum Longo dos Dedos, Extensor Próprio do Hálux Longo, Fibular Anterior Terceiro. Na região Lateral o Fibular Longo, Fibular Curto. Na região Posterior, o Gastrocnêmio Medial, Gastrocnêmio. Na região lateralo Solear ou Sóleo, Plantar Delgado, Camada Profunda, Poplíteo, Flexor Comum Longo dos Dedos, Flexor Longo do Hálux, Tibial Posterior) que suportam nosso deslocamento. Para a movimentação desses músculos é preciso uma central coordenadora que se chama encéfalo, que faz o controle da movimentação desta perna e seu equilibro.
Na perna a musculatura se contrai e relaxa graças aos comandos do cérebro pela necessidade de se movimentar.
Para se movimentar, o encéfalo informa a placa motora dos músculos da perna através de neurônios do sistema nervoso central e periférico.
Para ocorrer a movimentação o cérebro envia o comando de movimento pelas vias aferentes até a placa motora que estimula o contato sensorial liberando acetilcolina que se liga a receptores nicotínicos dos músculos abrindo canais de cátions gerando potenciais de ação na fibra muscular.
Esse potencial de ação, se propaga até os túbulos T, abre canais de Ca++ na membrana entrando no Reticulo Sarcoplasmático. A entrada de Ca++ no citosol libera o sítio ativo da actina que se liga as cabeças de miosina deslizando os filamentos em movimento de catraca ocorrendo assim a contração muscular. A complexidade da perna é maior que a de um flagelo porque não é um complexo unicamente molecular, mas anatômico, cerebral e molecular.
Se o flagelo bacteriano serve como exemplo de complexidade irredutível, a perna humana também deveria servir, assim como o faro apurado de um cão graças a seu peculiar sistema olfativo, o metabolismo das Sinecoccoccus, a bioquímica mitocondrial, e tudo que tiver alguma ligação química.
Se considerarmos que cada caso é uma evidencia de que há um designer inteligente que criou todos esses milhões de sistemas complexos em 6 dias então estamos reduzindo todas essas peculiaridades ao nível banal.
Dizer que um sistema bioquímico complexo é evidencia de designer inteligente é substituir um mistério por outro. Sob essa alegação poderia dizer que meu sapato é preto não porque foi confeccionado assim, mas porque o designer assim o quis. Assim, qualquer resposta que procuramos, por mais necessária ou medíocre que seja encontra respaldo no reducionismo do designer inteligente.
Outra falha no raciocínio de Behe é que se a evolução esta errada então o criacionismo é automaticamente válido.
Não é assim que se faz ciência. Descartar evolução ainda precisa provar que o criacionismo tem explicações melhores. Mesmo se hoje descobríssemos evidencias do designer inteligente como ciência ele não passaria de um paradigma. Um paradigma só substitui outro quando explica melhor o que o anterior explicava. Mas para tal, precisa ser provado, evidenciado no universo da ciência.
Mas o criacionismo não é aceito como ciência, não há departamentos científicos financiados pelo governo que faça pesquisas sobre a existência ou não do designer inteligente. De fato, até nos EUA, pais essencialmente cristão o único museu criacionista criado foi feito com dinheiro particular, de uma entidade criacionista. Isso demonstra que mesmo que a evolução seja descartada, a ciência ainda vai embasar-se em outra proposta cientifica para explicar a evolução da vida.
A evolução da vida não é uma proposta de Darwin. Ele apenas descreveu um mecanismo que promove essa transformação. Charles Lyell era evolucionista embora não concordasse com a proposta de Darwin. Lamarck era essencialmente evolucionista, mesmo que sua proposta de ensino seja absurda aos olhos atuais O filosofo Anaximandro tinha propostas naturalistas bastante parecida com a de Darwin. Quem não garante que na antiga biblioteca de Alexandria não havia propostas como a de Darwin. Ela foi destruído pelo cristianismo primitivo evidenciado no filme Alexandria (veja: ALEXANDRIA. CRÍTICA DO FILME).
Outra falha de Behe é que alguns sistemas escolhidos por ele não são essencialmente complexos irredutivelmente. Muitos deles podem manter sua função, apesar de não tão bem, sem várias de suas partes, a ratoeira por exemplo. Até mesmo um flagelo bacteriano pode continuar sendo usado como propulsor mesmo sem algumas partes de suas proteínas. Isso ocorre em algumas proteínas do flagelo de eucariotos (também chamado cilium).
O sistema imunológico que Behe cita também apresenta falhas. Doenças auto-imunes podem exemplificar isso muito bem. Sistema imunológico funcionando perfeitamente bem inclusive contra o próprio corpo. Veja o exemplo da esclerose múltipla, do vitiligo, problemas em articulações e etc. O Olho já não pode ser visto como um exemplo de complexidade irredutível uma vez que a sua evolução já vem sendo bastante evidenciada (veja: A FASCINANTE EVOLUÇÃO DO OLHO) e cotidianamente vemos artigos científicos suportanto essas propostas (veja: LOS OJOS COMPLEJOS SE REMONTAN A MÁS DE 500 MILLONES DE AÑOS e também LULA-GIGANTE DETÉM O TÍTULO DE MAIOR OLHO DO MUNDO).
Existe uma tendência muito forte no cristianismo evangélico de se negar a evolução e justificar-se usando a ciência. Os cientistas cristãos fazem do darwinismo um alvo (mesmo que utópico) a ser derrubado pelo simples fato de que a proposta é naturalista e não mística. Os cientistas que realmente podem apresentar argumentos validos e coerentes opostos ao darwinismo são aqueles que não são cristãos e nem darwinistas. Sem o oportunismo místico existe um debate coerente sob as bases da evolução.
TEDEÍSMO
O tedeísmo é a grande chave do debate criacionismo e biologia evolutiva. Isso porque o tedeísmo é justamente a tentativa de fazer da religião uma ciência. Interpretar a proposta da complexidade irredutível como evidencia de uma mente superior sobrenatural.
O que não é possível, a ciência trabalha com metodologias cientificas e verdades temporárias chamadas paradigmas. A religião trabalha com verdades dogmáticas, absolutas. Assim, no criacionismo a ciência perde seu valor e a religião perde foco para o cientificismo especulativo.
No caso de Behe é ainda mais interessante porque logo no inicio de seu livro A caixa preta de Darwin ele justamente mostra essa perde foco bastante comum nessa mistura inconsequente.
Behe propõe a idéia do criacionismo como ciência embora claramente não veja o designer inteligente como um paradigma e sim uma verdade absoluta e perde o foco da sua posição religiosa uma vez que alega “Acho a idéia de ascendência comum (que todos os organismos tiveram um mesmo ancestral) muito convincente e não tenho razão particular para pô-la em duvida” e também seu ceticismo em relação a idade da Terra “...a Terra foi formada há apenas dez mil anos, uma interpretação Bíblica ainda muito popular.”
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Caixa preta de Darwin pagina 15 |
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Aqui, retorno ao inicio deste texto ao afirmar que a grande discussão que envolve a criação e a biologia evolutiva esta na incapacidade que as pessoas tem de separar ciência de religião, dogmatismo e paradigmas, misticismo e empirismo. O tedeismo criacionista é infundado porque não segue uma linha de raciocínio especifica, não opta entre a ciência ou a religião e portanto não tem um sistema de construção de conhecimento definido, é ambíguo, portanto, cessa por si mesmo, uma vez fornece indícios auto-destrutivos. Como um cão que corre atrás do próprio rabo.
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Relativamente a este assunto, estou de acordo com o facto dos criacionistas se apoiarem na teoria do design inteligente e de, obsessivamente tentarem (sem sucesso) refutar as afirmações da teoria da evolução e suas evidencias. No entanto não percebi o que quer dizer com a diferença entre ciencia e evolução. Sugiro uma visita ao meu blog, que trata deste assunto (se Evolução e design inteligente são ciencia) (link: http://allthatmattersmaddy32.blogspot.pt/), sobretudo o post "Evolução vs design inteligente" (link: http://allthatmattersmaddy32.blogspot.pt/2012/07/evolucao-vs-design-inteligente.html) se visitar comente - todas as opiniões contam...
Relativamente a este assunto, estou de acordo com o facto dos criacionistas se apoiarem na hipótese* do design inteligente e de, obsessivamente tentarem (sem sucesso) refutar as afirmações da teoria da evolução e suas evidencias. No entanto não percebi o que quer dizer com a diferença entre ciencia e evolução. Sugiro uma visita ao meu blog, que trata deste assunto (se Evolução e design inteligente são ciencia) (link: http://allthatmattersmaddy32.blogspot.pt/), sobretudo o post "Evolução vs design inteligente" (link: http://allthatmattersmaddy32.blogspot.pt/2012/07/evolucao-vs-design-inteligente.html) se visitar comente - todas as opiniões contam...
O próprio "papa" do darwinismo, Richard Dawkins, acabou admitindo o design inteligente no final do documentário "Expeeled". Eu mesmo sempre tive preconceito contra o design inteligente e repudiava qualquer abordagem de criacionistas que se apropriaram do DI e agregaram ao seu discurso religioso, até ler o livro de Behe onde explica de forma precisa, honesta e corajosa o cerne da questão.
Não há como refutar : A vida foi criada sim por alguma inteligencia. O ponto principal desta discussão para mim é o fato de que os principais "tijolos" que compõe a vida, mesmo os que foram conseguidos em laboratório hoje, de forma aleatória em algum experimento, não têm possibilidade alguma de subsistir no meio ambiente "à espera" de uma oportunidade para fazer parte de um sistema que poderíamos chamar de "vivo", dada a monumental complexidade para este fim. Mesmo que aminoácidos ou outros componentes orgânicos soltos estivessem flutuando na tal "sopa promordial", estes não se agregam para formar um mínimo sistema replicante que evolui e se espalha no ambiente em busca das outras bilhões de peças e oportunidades que a vida exigiu para existir como é hoje.
Nao tenho religião, e nem sou criacionista, mas tudo que vejo contra a DI, é só um argunto contra a religião, e nao propriamente uma explanacão cientifica de pq a DI está errada, cada vez mais dificil de acreditar em darwin, o Deus dos ateus.
Ateus se apoiam em Darwin porque necessitam de uma muleta que mantenha firme sua rebeldia contra Deus. Somente uma pessoa muito inocente ou de má fé acreditaria que o acaso pode se auto organizar,tornando um monte de partículas num ser vivo, capaz de reproduzir-se e questionar de onde veio. O problema é filosófico: o nada produz o nada. Ora, se temos algo no mundo, não temos o nada, temos alguma coisa. Se o nada produz o nada, algo deve ter produzido algo, sabendo exatamente como este algo deveria funcionar e tendo força e inteligência suficiente para torná-lo um ser. Vocês podem questionar as implicações morais de um Deus, agora, negar a existência de uma inteligência que tenha sequenciado milhões de linhas do DNA é achar que uma pedra pode virar silício, produzir energia elétrica ao acaso, virar um notebook e auto programar-se e, pior, possuir um sentimento de rebeldia por se achar imperfeito e injustiçado. Tenho dó de quem não pensa logicamente.
senhor Rafael Souza por favor poste um comentário exemplificando melhor o seu ponto de vista sobre o sistema imune. e corrija-se pois no livro criticado o autor não usa como base a complexidade do olho e sim a complexidade da interpretação da luz ou seja a visão.
Achei muito interessante o artigo, porém, o autor do artigo diz em vários momentos que a Teoria da Evolução é comprovada. Desculpe amigo, mas você está extremamente equivocado, se a evolução fosse comprovada, não existiriam outras teorias confrontando a mesma. Quando Darwin começou a observar as células, só conseguia ver borrões e mesmo assim, tomou a liberdade de implicar a Teoria, mas isso sei que é mais complexo do que parece.
Teoria da Evolução, não é Fato, não é Lei Científica, não é Verdadeira, o que valida uma teoria são argumentos examinados sistematicamente que apontam para um denominador comum. Mas isso, não significa que uma Teoria seja Fato, aliás, uma teoria só é válida até o momento em que outra Teoria a refuta.
Porém, sabemos que no meio científico (pós Darwin), existem grandes nomes que não aceitam a refutação da teoria da Evolução, embora muitos esforços e artigos e documentários venham crescendo ao passar dos anos contra a teoria da evolução, inclusive diversos cientistas que antes acreditavam nessa teoria, hoje já a refutam. Não estou dizendo que outra teoria esteja certa, mas vejo uma grande barreira filosófica em volta da questão da controvérsia Evolucionista, não vejo mais ciência nesta questão, vejo um monte de cientistas discípulos de Darwin que estão tentando desesperadamente tirar o foco de qualquer outra argumentação contrária a suas ideias.
Hoje em dia, em minha opinião, quem conhece um pouco de ciência e procura evidências sobre a evolução, vai entrar num beco sem saída, e logo verá que essa teoria já é ultrapassada e infundada cientificamente.
Existem até alguns que dizem: "É mais fácil ter fé em um criador de tudo do que na teoria da evolução".
A frase não é minha.
Abraços.
(1) Douglas, essa é a sua opinião não compartilhada pela ciência, pois vc usa a famosa falácia do "apelo à ignorância" para concluir sobre um criador. (2) Anônimo 1, não há explanação científica do porque o DI está errado uma vez que é teologia, e não ciência. Note que o DI se vale do sobrenatural para explicar a natureza e não, nem de longe, teoria científica. (3) Anônimo 2, vc foge da discussão. O que está em pauta é a teoria da evolução, que tenta explicar o porquê da grande diversidade de vida na Terra. A teoria da evolução não tenta explicar como a vida surgiu. No mais, se vc pensa que o "nada" é o vácuo, saiba que nesse "nada" ocorrem vários fenômenos quânticos já comprovados pela ciência. Moral da história: não existe o nada absoluto no universo, por isso não há problema filosófico algum. (4) Allison T, quem está equivocado é vc caro amigo. Para a ciência, a evolução é um fato e a teoria CIENTÍFICA que melhor explica esse fato é a teoria da evolução. Não existe outra teoria CIENTÍFICA confrontando a teoria da evolução. O que há são teorias religiosos, as quais são irrelevantes cientificamente. Note como é engraçado: os religiosos querem, à força, difamar a teoria da evolução e, para tanto, entram no mérito de questões da ciência. Ou seja, quem diz se uma teoria é científica é a ciência e não a religião. Todos aqueles "cientistas" (que são uma pequenina minoria) que refutam a teoria da evolução, a refutam por questões religiosas e não científicas. Enfim, todos os cientistas que refutam a teoria da evolução são religiosos, ligados a instituições religiosas. Perceba: a teoria da evolução não é absoluta, se é uma teoria científica pode ser falseada (o que não ocorre com as teorias religiosas). Assim, os cientistas que realmente podem apresentar argumentos validos e coerentes opostos ao darwinismo são aqueles que não são religiosos, pois refutam sem oportunismo místico. Por fim, vc comete mais um pecadilho que é o de distorcer as expressões "crença" e "fé". Em suma, é desonestidade intelectual distorcer a ciência e equipará-la à fé. Para a fé religiosa não há evidência ou indícios, há sim uma conclusão absoluta e, a partir desta, busca-se provas ou indícios para corroborá-la. A ciência não trabalha com verdade absolutas: temos fatos, evidências e indícios e, a partir de uma lógica, chega-se a uma conclusão. POr exemplo, eu creio na gravidade e no sol, pois há provas disso (eu vejo o sol). Portanto, minha crença é baseada em provas físicas. Agora, a fé religiosa não se baseia em provas físicas, mas sim em um livro escrito há mais de 2000 anos.
A evolução não passa de uma teoria. Ela nunca foi comprovada e nunca o será, a nã ser pelas pesquisas tendenciosas e manipulações de fósseis que ocorreram e sempre ocorrerão. A cada novo fóssil que é encontrado, é elaborada uma história mirabolante para encaixar este fóssil na teoria. O pessoal aí em cima fala muito da religião, mas faltou falar da ciência cega, que nega tudo que esteja em desacordo com seus paradigmas. A ciência usa do plano metafísico para justificar a origem do universo com a teoria do big bang, porém não se toca nesse assunto. O fato de que a igreja ou pessoas particulares patrocinam pesquisas ou museus fevoráveis à criação não desqualifica em nada seus esfórços, pois a própria ciência é patrocinada por pessoas e entidades com idéias e ideais evolucionistas e ninguém a desqualifica por isto. A questão é que estão todos cegos diante da realidade. Não há maneira de que um livro fosse surgido do nada, ao acaso, sem propósito, e seu texto fosse escrito seguindo as leis das linguagens e sintaxe e morfologia das palavras. Basta olharmos ao nosso redor e ver a complexidade de vida que se completa e as relações que mantêm entre si, basta ver a complexidade do DNA humano para ver que ele não surgiu ao acaso e sem propósito.
Ateus não se apoiam unicamente em Darwin. Alias, nem deveriam se apoiar porque a ciência não prova que Deus não existe alias, nem da pra se porvar que eus nãoe xiste porque o ônus da prova é de quem afirma de que ele existe. Ciewntificamente não é possivel provar sua existência pela própria estrutura de funcionamento da ciência, incompatível com o criacionismo. Alguém consegue usar o falseamento de Karl Popper para provar que algo invisível, divino, omnisciente e externo ao universo é empírico?
Dawkins assumiu sim que existe a possibilidade da existência de um designer inteligente, mas não pressupõem que seja Deus e sim vida em outros planetas
Li 2 frases atrás que gostei:"substituir um mistério por outro" e "questionar as implicações morais de um Deus". Talvez a chave para acabar com a discussão religião/evolução seja essa(mistério)nem religiosos ou evolucionistas compreendem a origem de tudo. No vocabulário científico não existe essa palavra e sim teoria ou hipótese, mas acho que o criacionista está em melhores condições que o evolucionista, porque ele cre na ciência e na bíblia/religião! Quanto à segunda afirmação: reconhecer a existência de Deus, implica também no reconhecimento das restrições da religião, talves seja essa a dificuldade dos evolucionistas, porque o ser humano não suporta restrições e nem que um ser superior conheça seus pensamentos/motivos! Agora o que é contraproducente é um indíviduo usar dos recursos da internet para maltratar outro por motivos filosóficos!
Obrigado
esse livro de 2000 anos ja falava que a terra flutua JÒ 26:7
Já cansei de discutir evolução com pessoas religiosas e cheguei a conclusão que é um esforço infrutífero. Os religiosos nos vêem como crianças revoltadas que têm raiva de Deus, mas esquecem que nós sequer acreditamos em Deus, então... . Eles precisam entender que a teoria de Darwin se apoia em dois pontos básicos: 1- Organismos sofrem mutações genéticas voluntárias e espontâneas. 2 - O meio está em constante mudança e seleciona os organismos melhores adaptados. Ambos os pontos já foram exaustivamente estudados e comprovados, ou seja, não há qualquer dúvida sobre isso. Afirmar que não há provas ou evidências que sustentem a TE é pura ignorância científica. Mas se Deus morrer como os religiosos vão manter suas vidas em pé?
Acréscimos por quê ? Mutações constantes por quê ? E seleção natural ? Quando ocorre, pode ser processo de seleção, de adaptação, de eliminação, de preservação - e mais nada ! Seleção natural não provoca mutação de uma espécie a outra. Biologicamente impossível a evolução.
Tenho uma dúvida que gostaria muito que comentassem: Pra acreditar na Teoria da Evolucao eu tenho necessariamente ser ateu e sendo ateu tem que necessriamente aceitar a Teoria da Evolucao? Eu nao pode aceitar a Teoria da Evolucao e continuar acreditando em Deus ou em um Ser Inteligente acima de tudo?
eliton, aceitar ou refutar uma teoria científica não tem relação necessária com ser crente ou ser ateu; o que você deve saber é que a evolução das espécies é a maior tolice dos estudos biológicos, uma fantasia para adultos
Tudo se resume no seguinte: A ciencia não pode ser o fiel da balança para julgar ou basilar o assunto: "Deus existe, ou Deus não existe". afinal a ciencia vive e convive de erros, atuais, do passado, historicosetc. e tambem de acertos, mas ela, a ciencia, tambem é refem da avolução e pode-se dizer que ainda é um bebê, dentro da eternidade. Portanto lembrem-se que o centro de tudo não é a ciencia e nem tampouco o juiz para decidir essa questão. Uma coisa podemos dizer sem sombra de duvidas, a obra esta aí pra quem quiser estudar, do nada é que não veio, pois afeta a inteligencia de qualquer um. é isso. abraços.
Sinto muito em lhe avisar, mas a Evolução é apenas uma TEORIA e NÃO um fato cientifico que ja foi comprovado, se ja tivesse sido comprovado nem teriamos motivos para ficar aqui descutindo isso, e tambem nao teriam outras teorias "concorrentes" como a do DI!
Um "furo" na sua teoria e a de que a seleção natural que teria indo por meio de mutações benignas criando todas as formas de vida que temos hoje. Um dos problemas com essa teoria e a falta de valor de sobrevivencia de pequenas mudanças/mutações que não são uteis, a menos que possam funcionar em um todo complexo que ainda não evoluiu. Por exemplo, se um musculo novo evoluisse em um peixe, que utilidade ele teria ate que tivesse um nervo conector para que pudesse se contrair? Supondo que o novo nervo surgisse, qual seria sua utilidade ate que o cerebro evoluisse um sistema pra controlar apropriadamente a atividade do musculo?
Outro ponto a ser considerado e que a existencia de partes sem utilidade potencial nos animais certamente os colocaria em condição de desvantagem, tornando possivel, por meio de seleção natural, a sua eliminação. Assim, a seleção natural pode servir para extinguir tipos aberrantes, mas nunca para produzir novas estruturas complexas que não teriam valor de sobrevivencia ate que todas as partes necessarias para formar um sistema funcional tivesse evoluido.
E é daí que tiramos a base p complexidade irredutivel!
fontes: ciencia 9 por C.R.Leal, M.F.Machado e N.E.S.Ebling
-Bella P.
Sério mesmo que vcs acham que refutaram as sólidas evidências do DI???
ciência devia expandir os horizontes das possibilidades e do conhecimento e não agir como a igreja fazia na idade média.
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