INGENIEUR IST TOT


Negar a evolução não é refuta-la, assim como afirmar que um designer existe não é uma prova. Nietzsche em crepúsculo dos ídolos cita apenas uma coisa sobre Darwin, que suas ideias eram apenas afirmadas e não confirmadas. 

Por Victor Rossetti

Hoje, nós temos uma quantidade considerável de evidências em diversas disciplinas que contemplam a biologia evolutiva e que confere um paradigma consolidado com elegância epistemológica. A evolução darwiniana passou por sínteses e vem sendo consolidada cada vez mais por diversas disciplinas. Em meio acadêmico Darwin goza saúde. A evolução biológica continua sendo aplicada em conceitos de engenharia genética, agricultura, medicina, psicologia e tantas outras. 
Se pensarmos que Nietzsche filosofava com um martelo, especialmente com seu criticismo voltado para a moralidade no cristianismo, podemos fazer a mesma afirmação em relação aesta máscara do cristianismo chamada Designer inteligente, que tem sido muito afirmado, mas não comprovado ou mesmo aceito como ciência. Got ist tot não pode ser visto como um argumento ao ateísmo como muitas pessoas tem apelado. Deus pode estar morto, mas seus seguidores estão vivos e Deus, bem, ele só tem perdido espaço para outros acervos de conhecimento. O Designer inteligente é natimorto, um embrião que não vingou devido ao peso das evidências e sua incompetência em se estabelecer como metodologia científica falseavel. 
O termo Designer Inteligente hoje é usado não como fruto de discussões filosóficas, nem de hipóteses científicas, tão pouco como resposta a questionamentos sobre ciência. O conceito de Designer inteligente se apresenta hoje somente como uma tentativa desalenta de imposição de um livro religioso cristão “Of pandas and people “ (sobre pandas e pessoas), foi proibido nas escolas públicas dos EUA por ferir a laicidade do estado. Os seus editores mudaram nas edições seguintes o termo “Deus” para “designer inteligente”. O conceito nasce de fundamentalistas que tentaram burlar a lei com uma mascara pseudo-científica que não funcionou antes, e continua a não funcionar. 
O conceito de designer inteligente vem minando o cristianismo de interpretações fundamentalistas descontextualizadas respaldadas pela pseudo-ciência e políticas ultraconservadoras. Isso se assemelha por demais ao que Nietzsche quis dizer com a idéia de que Deus estava morto. 
Da mesma forma com que a racionalidade socrática havia matado os deuses gregos, a racionalidade humana havia matado Deus. Isso quer dizer que não havia mais campo para a divisão entre o mundo das ideias e o mundo sensível, sendo assim Gott ist tot (Deus está morto). Mas para Nietzsche, Deus não simboliza unicamente uma deidade, ele simboliza também a morte de todos os valores ditos elevados que herdamos, foi isso que ele propôs com a “ Transvaloração dos valores”, que foi uma nova abordagem de como questionar todas as formas convencionais de pensar sobre ética e os sentidos que podemos dar a vida. 
Para Nietzsche, pouco importa se Deus existe ou não, o que ele propõem, é que a influência da religião em nossas vidas é cada vez menor. A igreja, os mitos, as ideias transcendentes, os ritos, a moral por trás da teologia, especialmente a monoteísta, tudo isso está sendo perdido. As pessoas vem perdendo o medo de Deus, ele se tornou fraco. A submissão a Deus esta sendo perdida e a humanidade não liga mais para as datas religiosas, elas perderam seu significado. O que é mais do que natural em nosso momento histórico. Os grupos religiosos asseguram a validade do cristianismo, se sentem desrespeitados caso críticas sejam erguidas a respeito da validade e moralidade do cristianismo, mas em datas de grande simbolismo de sua religião o significado é perdido, não há qualquer exercícios espiritual em momentos em que deveria ser de reflexão ou comunhão co aquilo que durante todo o ano foi pregado. A idolatria ao Deus cristão é substituída por uma mercantilização da fé. Deus vem perdendo o significado especialmente dentro de seu próprio grupo religioso, com a desisntitucionalização da crença especialmente. 
Deus está morto como uma verdade eterna, como alguém que controla e conduz o mundo a sua vontade, ou como um ser bondoso que justifica os acontecimentos da vida humana. A secularização da civilização moderna inclusive deixa isto cada vez mais evidente. Deus está morto como um grande ditador divino que exige obediência de seus servos. Ele já não é uma questão importante para se considerar. Todo idealismo e platonismo estão se perdendo. 
Essa constatação de Nietzsche, para sua época elevou o pensamento de que a influência de deus se tornou cada vez menor e dispensável. 
Para Nietzsche, Deus estaria morto também na Grécia Para ele, na Grécia antiga, existia uma estreita ligação entre homens, deuses que permitia igualmente uma profunda união com a natureza, proporcionando uma vida harmoniosa e equilibrada, graças a Dionísio e Apolo. Porém, com a dialética socrática, ocorreu um distanciamento em algum ponto da história grega, que acabou por causar o que Nietzsche chamaria de decadência do modo de viver grego. 
O conceito de Designer inteligente emerge exatamente na mesma miríade que a Grécia seguiu, mas pela perda da ligação entre a fé e a crença no deus cristão. É o pensamento neo-criacionista baseado não na fé como mecanismo fundamental a crença em Deus, mas de em um cristianismo “pseudo-cientificista”. É esta necessidade obsessiva de se concluir empiricamente a existência ou as experiências divinas em Deus que faz com que o conceito de Designer seja natimorto. Ele emerge como uma arma fundamentalista de um grupo religioso mascarando suas reais intenções, minando a fé cristã co interpretação anti-cristãs lateralizando a fé, ou seja, tirando ela do eixo central da crença em Deus. Essa proposta, uma máscara para o cristianismo impõem um conceito pseudo-científico que se traveste de ciência e mina o pilar do cristianismo, elevando o cristianismo a uma crença genérica. Ora, a bíblia não é um livro cientifico, e muitos cristãos reconhecem isto. 
Galileu, a mais de 500 anos já descrevia que a ciência explica o que é o céu enquanto a religião ensina como ganhar o reino dos céus no exercício da moralidade religiosa. 
Ao tentar propor uma explicação cientificista, o defensor do conceito de Designer inteligente promove o que se chama de pseudo-ciência. Isto porque sua concepção não caminha pelos trilhos da metodologia científica e falseamento e ao mesmo tempo não percorre o caminho para crença em Deus baseado na fé. 
A ciência é incompetente e incapaz de fomentar qualquer justificativa científica a favor da existência de Deus, bem como de sua inexistência. Sua metodologia empírica, baseada em mensurações pode somente se limitar a processo observáveis e passivos de serem refutados por propostas científicas melhores. Diversas entidades científicas. e as melhores Universidades do mundo rejeitam qualquer argumentação criacionista ou de designer inteligente por entender que se trata de uma explicação genérica e não cientificamente testável. Ao mesmo tempo, a crença em Deus baseada na necessidade de provar experimentalmente que Ele existe não segue uma premissa teológica cristã, pois a constatação da existência de Deus é dada pela fé. A tentativa de associar experimentação e existência de Deus reflete um desalento em reforçar uma fé abalada e incertezas a respeito de crenças pessoais, da crença em Deus, que pode ser reflexo da perda da influência que a religião e Deus tem tido em nossas vidas. A partir do momento em que explicações para fenômenos vão sendo oferecidas por sistemas de construção de conhecimentos alternativos, a secularização da sociedade, a desistitucionalização da crença, o desespero tem levado grupos radicais, associados a políticas de extrema direita ligadas ao a recorrer a alternativas descontextualizadas e criação de facções cuja perda do poder é ameaçada. Essa visão recalcada, ou seja, o medo da perda do poder pela contestação ou pela exposição das reais intenções de grupos fundamentalistas tem demonstrado o conceito de designer inteligente e criacionismo biblicista se ligando a concepções idelógico-políticas, é o que hoje se chama de neo-criacionista. Não se discute mais Willian Paley, ou a concepção de relojoeiro, se mina o desenvolvimento do criticismo com sofismas como marxismo cultural, ou mesmo com jargões do tipo naturalismo filosófico, ou reducionismo, alegando que ser da oposição é ser comunista. Note que a critica se volta para modelos ideológicos e não mais científicos. 
Ao tentar associar a necessidade empírica de se demonstrar que Deus existe, ocorre a substituição da fé como razão de sua crença e estabelece não mais a base do cristianismo como motivo de crença, mas sim o fundamentalismo religioso. 
O conceito de designer inteligente hoje é considerado pelo ambiente acadêmico (inclusive universidade protestantes americanas) como uma ideia relacionada a grupos religiosos que fere a I Emenda americana; não cumpre epistemologicamente o conceito e as definições metodológicas de ciência; sendo assim carece de produção científica, não oferece uma definição concerta a respeito da natureza e intenção do criador em relação á criação e como isso poderia ser constatado metodologicamente; carece de definições básicas a respeito de sua natureza onisciente, ou não; reflete um posicionamento ideológico-político geralmente associado á bancada ultra-conservadora e de extrema direita em um saber americanizado descontextualizando-se com a realidade social de nosso país. Atualmente, é possível que o conceito de criacionismo e designer inteligente tenha um papel muito mais sociológico do que cientifico, especialmente no estudo do fundamentalismo religioso e não um fenômeno científico ou sobre a filosofia da ciência. Ao perder essa ligação com o cristianismo, a respeito de sua essência baseada na fé como mecanismo satisfatório e condicionante a crença em Deus, a ideologia do designer inteligente e do Neo-criacionismo tende a perder a apoio dos cristãos. Sendo assim, surge como um mecanismo ideológico morto, natimorto. Ele somente existe pontualmente, em grupos radicais.  Essa individualização é fundamental ressaltar. 
Ao que parece, o melhor termo hoje usado para caracterizar tal ideologia segundo a visão nietzcheniana é Ingenieur ist tot (designer, ou engenheiro esta morto) 
Ao lado do neo-criacionismo, o conceito de designer inteligente se apresenta hoje como uma das maiores crises do cristianismo, uma crise moral, de caráter, do uso do nome do Deus cristão em vão para justificar atividades políticas, preconceitos e alegações ideológicas. O cristão deveria se manifestar contra esta interpretação extrema das escrituras sagradas. A ciência é uma criação humana, uma forma de interpretar o mundo, uma associação entre designer inteligente e criacionismo além de promover um conceito anti-científico, promove um conceito anti-cristão em uma aliança com o ímpio na tentativa de usar a ciência como método empírico a prova de Deus. Para o Cristão cuja fé não esta abalada, Deus apenas esta vivo e goza saúde, independente do que o ímpio diz. 


Referências 

*  Friedich Nietzsche. Crepúsculo dos Ídolos, Editora L&PM POCKET. 2009 
*  Simone Nardi Grama. A morte dos deuses. Revista de Filosofia. 
* Eduardo Rizzatti Salomão. A morte de Deus e a idealização do Homem segundo a ótica Moral de Friedich Nietzsche. Filosofia e Ciências humanas. 02/06/2005 
* O Livro da Filosofia. O Homem é ago a ser superado. pág 214. Editora Globo livros. 212

23 Comente o que achou...:

Alex Vinicius Ferreira disse...

Victor Rossetti, sua explanação acima acerca do DI é tendenciosa e equivocada.

O DI não esta em conflito com a religião.

E o cristianismo nada tem que ver com uma suposta derrocada do DI.

O DI pode ter seus problemas, mas não são nenhum dos que você comentou.

Victor disse...

Esta sim, completamente. A concepção de designer inteligente como ciência aborta a crença em Deus unicamente pela fé. E hoje apresenta um discurso muito mais ideológico do que uma briga entre ciência e pseudo-ciência.
O Discovery Institute é claramente criacionista embora não assuma. Veja quem são seus representantes

Anônimo disse...

Esta sim, completamente. A concepção de designer inteligente como ciência aborta a crença em Deus unicamente pela fé. E hoje apresenta um discurso muito mais ideológico do que uma briga entre ciência e pseudo-ciência.
O Discovery Institute é claramente criacionista embora não assuma. Veja quem são seus representantes

Alex Vinicius Ferreira disse...

Ao meu ver,você simplesmente inclui pressupostos sem ter justificativas para tal.

A crença em Deus nada tem que ver com a ciência, a crença em Deus( mesmo estando suportada por provas empíricas ou não)sempre será alcançada pela fé.

Colocar ciência e religião deliberadamente em um único domínio é criar um falso conflito entre ciência e religião.[1]

No caso do Design Inteligente, pelo que eu saiba, nunca se propôs buscar a crença em Deus, segundo o meu entendimento a finalidade do DI contemporâneo foi a de trazer em evidência o argumento de design que há muito já se havia perdido, e o argumento de design não trata necessariamente da crença em Deus.

Por exemplo, William Whewell, Alfred R. Wallace e Lawrence Joseph Henderson publicaram estudos referente ao Design na natureza e Universo sem apelar especificamente e unicamente para a existência de Deus[1,3,4], eles buscavam evidências de design na natureza e Universo por meio do método científico e com base cientifica para tal, não era um discurso meramente metafísico. Neste contexto o Design Inteligente abrange a estas questões e as retoma de forma original.

Os proponentes do DI, pelo que eu saiba, não promovem uma concepção moderna do argumento de Paley, não trata-se de uma retomada contemporânea da Teologia Natural aos moldes de Paley. Para o design Inteligente, a contribuição de Paley se restringe a apenas de ter sido o precursor do conceito de design, somente. Nem sequer são concepções iguais, apesar de semelhantes o conceito de Paley apresenta diferenças fundamentais em comparação com DI.

Ademais, a fé em Deus não é o objeto de estudo do Design Inteligente, a fé em Deus é objeto de estudo de Filósofos e Teólogos. A fé em Deus, nem a religião, nem a metafísica não são trabalhados pelo DI.

Então a religião não é um componente essencial e muito menos definidor para o DI, e visse versa, ou seja, a ciência não é, e nunca foi, condição primordial para se estabelecer a fé ou a crença na existência de Deus.

Agora, não é surpresa nenhuma você não ter citado nenhuma fonte ou referência referente ao Design Inteligente, é de se notar que seu artigo é completamente ausente de informações elementares sobre o DI, tão elementares que eu poderia desarmar uma por uma utilizando para isso o próprio site do Discovery Institute.

Quando as fontes são inexistentes tudo é muito conveniente, escreve-se qualquer coisa e o leitor menos atento nem poderá notar das falhas vacilantes que o seu texto apresenta. É muito fácil escrever um texto qualquer;no entanto é impossível determinar a verdade sem a te-la, por isso que as ausência de fontes são tão fundamentais para o seu artigo.

Referências:

[1] http://www.stephenjaygould.org/library/gould_noma.html

[2] http://plato.stanford.edu/entries/whewell/

[3] http://publicdomainreview.org/2013/10/30/alfred-russel-wallace-a-heretics-heretic/

[4]http://www.cambridge.org/us/academic/subjects/astronomy/extrasolar-planets-and-astrobiology/fitness-cosmos-life-biochemistry-and-fine-tuning

Alex Vinicius Ferreira disse...

Correção

Leia-se no paragrafo 9:

*desarmar as frases do seu artigo uma por uma.....

Alex Vinicius Ferreira disse...

Sobre as fontes inexistentes. alguns trechos que necessitam de fontes; você escreve:

termo Designer Inteligente hoje é usado não como fruto de discussões filosóficas, nem de hipóteses científicas, tão pouco como resposta a questionamentos sobre ciência. O conceito de Designer inteligente se apresenta hoje somente como uma tentativa desalenta de imposição de um livro religioso cristão “Of pandas and people “ (sobre pandas e pessoas), foi proibido nas escolas públicas dos EUA por ferir a laicidade do estado. Os seus editores mudaram nas edições seguintes o termo “Deus” para “designer inteligente”. O conceito nasce de fundamentalistas que tentaram burlar a lei com uma mascara pseudo-científica que não funcionou antes, e continua a não funcionar."

Logo em seguida, você escreve:

" O conceito de designer inteligente vem minando o cristianismo de interpretações fundamentalistas descontextualizadas respaldadas pela pseudo-ciência e políticas ultraconservadoras. Isso se assemelha por demais ao que Nietzsche quis dizer com a idéia de que Deus estava morto."

Vai piorando cada vez mais:

"Para Nietzsche, pouco importa se Deus existe ou não, o que ele propõem, é que a influência da religião em nossas vidas é cada vez menor. A igreja, os mitos, as ideias transcendentes, os ritos, a moral por trás da teologia, especialmente a monoteísta, tudo isso está sendo perdido. As pessoas vem perdendo o medo de Deus, ele se tornou fraco. A submissão a Deus esta sendo perdida e a humanidade não liga mais para as datas religiosas, elas perderam seu significado. O que é mais do que natural em nosso momento histórico."

"Deus está morto como uma verdade eterna, como alguém que controla e conduz o mundo a sua vontade, ou como um ser bondoso que justifica os acontecimentos da vida humana. A secularização da civilização moderna inclusive deixa isto cada vez mais evidente. Deus está morto como um grande ditador divino que exige obediência de seus servos. Ele já não é uma questão importante para se considerar. Todo idealismo e platonismo estão se perdendo."

"O conceito de Designer inteligente emerge exatamente na mesma miríade que a Grécia seguiu, mas pela perda da ligação entre a fé e a crença no deus cristão. É o pensamento neo-criacionista baseado não na fé como mecanismo fundamental a crença em Deus, mas de em um cristianismo “pseudo-cientificista”. É esta necessidade obsessiva de se concluir empiricamente a existência ou as experiências divinas em Deus que faz com que o conceito de Designer seja natimorto. Ele emerge como uma arma fundamentalista de um grupo religioso mascarando suas reais intenções, minando a fé cristã co interpretação anti-cristãs lateralizando a fé, ou seja, tirando ela do eixo central da crença em Deus. Essa proposta, uma máscara para o cristianismo impõem um conceito pseudo-científico que se traveste de ciência e mina o pilar do cristianismo, elevando o cristianismo a uma crença genérica. Ora, a bíblia não é um livro cientifico, e muitos cristãos reconhecem isto."

"Ao tentar propor uma explicação cientificista, o defensor do conceito de Designer inteligente promove o que se chama de pseudo-ciência. Isto porque sua concepção não caminha pelos trilhos da metodologia científica e falseamento e ao mesmo tempo não percorre o caminho para crença em Deus baseado na fé."

Alex Vinicius Ferreira disse...

"A ciência é incompetente e incapaz de fomentar qualquer justificativa científica a favor da existência de Deus, bem como de sua inexistência. Sua metodologia empírica, baseada em mensurações pode somente se limitar a processo observáveis e passivos de serem refutados por propostas científicas melhores. Diversas entidades científicas. e as melhores Universidades do mundo rejeitam qualquer argumentação criacionista ou de designer inteligente por entender que se trata de uma explicação genérica e não cientificamente testável. Ao mesmo tempo, a crença em Deus baseada na necessidade de provar experimentalmente que Ele existe não segue uma premissa teológica cristã, pois a constatação da existência de Deus é dada pela fé. A tentativa de associar experimentação e existência de Deus reflete um desalento em reforçar uma fé abalada e incertezas a respeito de crenças pessoais, da crença em Deus, que pode ser reflexo da perda da influência que a religião e Deus tem tido em nossas vidas. A partir do momento em que explicações para fenômenos vão sendo oferecidas por sistemas de construção de conhecimentos alternativos, a secularização da sociedade, a desistitucionalização da crença, o desespero tem levado grupos radicais, associados a políticas de extrema direita ligadas ao a recorrer a alternativas descontextualizadas e criação de facções cuja perda do poder é ameaçada.Não se discute mais Willian Paley, ou a concepção de relojoeiro, se mina o desenvolvimento do criticismo com sofismas como marxismo cultural, ou mesmo com jargões do tipo naturalismo filosófico, ou reducionismo, alegando que ser da oposição é ser comunista. Note que a critica se volta para modelos ideológicos e não mais científicos.
“Ao tentar associar a necessidade empírica de se demonstrar que Deus existe, ocorre a substituição da fé como razão de sua crença e estabelece não mais a base do cristianismo como motivo de crença, mas sim o fundamentalismo religioso."
"conceito de designer inteligente hoje é considerado pelo ambiente acadêmico (inclusive universidade protestantes americanas) como uma ideia relacionada a grupos religiosos que fere a I Emenda americana; não cumpre epistemologicamente o conceito e as definições metodológicas de ciência; sendo assim carece de produção científica, não oferece uma definição concerta a respeito da natureza e intenção do criador em relação á criação e como isso poderia ser constatado metodologicamente; carece de definições básicas a respeito de sua natureza onisciente, ou não; reflete um posicionamento ideológico-político geralmente associado á bancada ultra-conservadora e de extrema direita em um saber americanizado descontextualizando-se com a realidade social de nosso país. Atualmente, é possível que o conceito de criacionismo e designer inteligente tenha um papel muito mais sociológico do que cientifico, especialmente no estudo do fundamentalismo religioso e não um fenômeno científico ou sobre a filosofia da ciência. Ao perder essa ligação com o cristianismo, a respeito de sua essência baseada na fé como mecanismo satisfatório e condicionante a crença em Deus, a ideologia do designer inteligente e do Neo-criacionismo tende a perder a apoio dos cristãos. Sendo assim, surge como um mecanismo ideológico morto, natimorto. Ele somente existe pontualmente, em grupos radicais.  Essa individualização é fundamental ressaltar."

Alex Vinicius Ferreira disse...

Todos estes parágrafos que eu citei necessitam de fontes, e de preferências fontes imparciais e independentes. Constituem praticamente de todas informações que você escreveu.

Você pontua diversas questões, todas estas questões ainda são controversas, ser de conhecimento dominante não é motivo de não ter fontes, por exemplo, eu sei que algumas questões são relacionadas ao julgamento de Dover, no entanto, este julgamento foi contradito extensivamente pelos proponentes do DI. Seria interessante você ter comentado a partir destas réplicas do DI e não de ter simplesmente repetido o que todos sabem, todos sabem o que foi o julgamento de Dover, mais poucos pesquisam a fundo. Então esta foi uma das falhas do seu artigo, pelo fato de você não apresentar fontes.

Se você pretendesse ao menos ser racional você deveria abordar o tema de maneira contundente e imparcial, dever-se-ia considerar os dois lados da questão.

Claro que erros como este se repetem no seu artigo, todos oriundos pela sua falta de atenção com as fontes e referências. Em suma, ao que me parece, as únicas palavras relevantes do seu artigo se constituem no primeiro parágrafo, ao qual não tenho objeções, e a algumas frases soltas, o restante é inverificável e portanto não relevante.
----------------------------------

Para você que "entende de filosofia" esta frase diz respeito a você; esta no Tratado Discurso do Método, de René Descartes:

"INEXISTE NO MUNDO coisa mais bem distribuída que o bom senso,
visto que cada indivíduo acredita ser tão bem provido dele que mesmo os mais
difíceis de satisfazer em qualquer outro aspecto não costumam desejar possuí-lo
mais do que já possuem. E é improvável que todos se enganem a esse respeito;
mas isso é antes uma prova de que o poder de julgar de forma correta e discernir
entre o verdadeiro e o falso, que é justamente o que é denominado bom senso ou
razão, é igual em todos os homens; e, assim sendo, de que a diversidade de
nossas opiniões não se origina do fato de serem alguns mais racionais que
outros, mas apenas de dirigirmos nossos pensamentos por caminhos diferentes e
não considerarmos as mesmas coisas. Pois é insuficiente ter o espírito bom, o
mais importante é aplicá-lo bem. As maiores almas são capazes dos maiores
vícios, como também das maiores virtudes, e os que só andam muito devagar
podem avançar bem mais, se continuarem sempre pelo caminho reto, do que
aqueles que correm e dele se afastam." [1]


No que adianta aplicar a razão, segundo você, se você trata sempre o assunto de maneira unilateral e parcial. Como René Descartes diz, "Pois é insuficiente ter o espírito bom, o
mais importante é aplicá-lo bem."

[1] http://www.cfh.ufsc.br/~wfil/discurso.pdf

Anônimo disse...

Alex, as fontes estão no final do texto. Se não concorda, procure nas fontes, revista de filosofia, livro do Nietzsche. São elas as justificativas, a secularização reduziu Deus. Ninguem esta criando conflito, estou dizendo que a concepção de designer inteligente esta morta, porque é uam tentativa cristão de explicar a literalidade da biblia usando pseudo-ciência.

Entendo que muita gente defenda o conceito de designer sem se respaldar no cristianismo, ja é meramente uma interpretação teleológica e não testavel. Embora a grande maioria dos defensores seja claramente cristãos, ainda que não assumam.

e Ademais, a fé em Deus não é o objeto de estudo do Design Inteligente então o que é o designer inteligente e o que lhe faz crer nele?

Para voce que não entende de filosofia, o argumento de descartes a respeito da existência de Deus esta morto e enterrado. Ele argumenta que uma ideia implica uma causa, e portanto, a coisa que originou essa ideia deve possuir tanta ‘realidade’ como ela, e isso inclui a perfeição. Mas causa é uma propriedade de eventos e não de seres. O que pode ter causa é o evento da passagem da inexistência para a existência de um ser e não o próprio ser.

Anônimo disse...

Outra coisa, voce discursa em favor do Designer inteligente e suas referências não representam o que voce diz. Exceto a do Wallace que por sinal não é artigo.

As minhas referencias são de revista de filosofia e livros conceituados, do próprio nietzsche e do livro da Filosofia. Pesquise que voce vai conferir a autenticidade do texto.

Se for começar a trollagem igual fazia na comunidade do facebook me abstenho de responder!!!

Anônimo disse...

Ah, outra coisa, sintonia fina, vc me mandou um artigo ceta vez de um fisco que nao aceitava a proposta de sintonia fina feita por Victor Stenger mas propunha uma nova solução.

Eu lembro!!!

Alex Vinicius Ferreira disse...

O processo de Secularização é um fenômeno que esta acontecendo no mundo todo, no contexto ao que se propõe,seu texto neste quesito esta correto. E suas fontes dizem respeito somente a este fato, fato ao qual eu não critiquei, ou seja, não é a influência cada vez menor da religião para a sociedade (segundo a sua legação) que eu critico. Estou objetando outra coisa, vc faz uma projeção disto para com o DI; e é isto que necessita urgentemente de fontes.

Alex Vinicius Ferreira disse...

O processo de Secularização é um fenômeno que esta acontecendo no mundo todo, no contexto ao que se propõe,seu texto neste quesito esta correto. E suas fontes dizem respeito somente a este fato, fato ao qual eu não critiquei, ou seja, não é a influência cada vez menor da religião para a sociedade (segundo a sua legação) que eu critico. Estou objetando outra coisa, vc faz uma projeção disto para com o DI; e é isto que necessita urgentemente de fontes.

Alex Vinicius Ferreira disse...

Além disso você erra ao alegar que muitos defendem o Design Inteligente sem o amparo da religião. Na realidade, NENHUM absolutamente nenhum proponente do DI se fundamenta em pressupostos religiosos para defender o DI; se o fazem é por motivos meramente PESSOAIS, e que portanto, não representam o escopo central do DI como trabalho Profissional Acadêmico. Os religiosos são a maioria, todavia eles não deixam suas crenças pessoas interferirem no argumento de Design. Claro que além destes também tem proponentes agnósticos ou ateus, o DI não expressa e nem endossa nenhuma religião e tampouco crenças particulares.

O Design Inteligente busca padrões na natureza intencionalmente projetados e com base nisto infere design (planejamento) inteligentemente concebido seja na Natureza em si ou no Cosmos. Outro erro seu( que demostra que você desconhece o DI) esta na sua alegação de que o DI seja questão de crença; pois saiba que ciência nenhuma no mundo se baseia em crenças, mas sim de fazer inferências baseadas em evidências. Dito isto, o Design Inteligente, para mim, é mais uma das explicações para determinado dado empírico, seja ele correspondente a Natureza ou Universo.

Não adianta divagar, eu nunca me referi a existência de Deus quando eu citei Descartes eu estava me referindo na sua forma errada de julgar as coisas. Como a citação de Descartes evidencia, o conhecimento pleno e verdadeiro deve decorrer de um discernimento alcançado de maneira que o bom senso seja aplicado corretamente, não basta só tê-lo. Eu mostrei, que no seu caso, o julgamento que você faz é unilateral e que consequentemente acarreta em um julgamento infundado de sua parte.

Anônimo disse...

“O processo de Secularização é um fenômeno que esta acontecendo no mundo todo”
* Obrigado por concordar comigo, é exatamente como Nietzsche descreve meu caro. E o conceito de designer inteligente esta morto exatamente porque surge como uma mascara na tentativa de burlar a separação de Estado e religião. OF pandas and people é o momento onde essa tentativa de minar a secularização começou nos EUA.

“Absolutamente nenhum proponente do DI se fundamenta em pressupostos religiosos para defender o DI”
* Tem certeza? Em que mundo você vive? Conhece algum defensor do designer inteligente que alegue que o designer inteligente NÃO é o deus cristão, ou qualquer outro Deus? Ora, os membros do Discovery Institute claramente pertencem a entidades religiosas cristãs. O Institute of Creation Research claramente dissemina DI e são assumidamente criacionistas. Os divulgadores do conceito no Brasil são pastores.

Anônimo disse...

“se o fazem é por motivos meramente PESSOAIS”
* Motivos pessoais não é ciência. É informação anedótica, meramente pontuações pessoais e o que pode ser uma explicação pessoal para você para outra pessoa não é. A ideia da gravidade é formalizada na ciência como teoria, é aceita pelos acadêmicos de todo o mundo; uma concepção de deus ou de criação não tem o mesmo peso, exatamente por ser uma alegação pessoal, no maximo seria aceita por pessoas que pensam de forma parecida como vc.

“O Design Inteligente busca padrões na natureza intencionalmente projetados e com base nisto infere design (planejamento).”
Padrões que não são detectáveis, mas especulados, pois não é possível experimentalmente inferir que uma estrutura foi projetada por algo. Segundo, Hume bate nessa concepção teleológica, e que por sinal não é cientifica. Pois nossa inferência de que tudo foi projetado é baseada no nosso modelo de sociedade e de mundo que foi prpjetado por nós. O universo é muito grande para se pressupor que tenha sido projetado como nossa concepção de vida, de mundo e de sociedade foi projetada. Leia a Investigação sobre entedimento humano de Hume (1748) e ele explica tudo direitinho.
Portanto, é mais coerente presumir inicialmente que mecanismos biológicos ou fenômenos físicos, químicos ou biológicos sejam fruto de processo naturais do que sobrenaturais. A concepção de Deus fica a critério da religião, das pessoas que sentem fé na ideia da criação de Deus, pois é a fé deles que os faz crer e não a ciência. Ai vem a concepção de Gott ist tot. Os gregos deixaram de acreditar que submissão a Dionísio afetava a colheita e perceberam que era o clima era o responsável, graças a Tales de mileto. Percebemos ao longo dos séculos que divindades não tinham relação com trovões, chuvas ou catástrofes. Chamamos isto de mitologia, até que ponto o Deus cristão, ou sua concepção de DI não é mitológica? O que a torna diferente? Absolutamente nada!!!!
O conceito de divindade vem perdendo espaço dentro da sociedade. A ciência não esta destruindo Deus, é a humanidade que esta substituindo quando avança culturalmente. A ciência só explica hj a origem do universo, da vida e sua diversidade por processos naturais, ela não matou Deus, mesmo pq não é seu objetivo (nem mata-lo, nem corrobora-lo). Ela simplesmente avança de acordo com as evidencias e é neutra em relaçao a divindades. Ela é incompetente para provar se Deus existe ou não, assim como como o designer é incompetente para justificar teleologia e se expressar como ciência. Como diria Stephen Jay Gould em “Pilares do tempo” são Magistérios não-interferentes.
Inferências baseadas em evidências são sistemas de construção de conhecimento, empírica. Não se testa um Deus em um Lab, não se testa intencionalidade nas coisas. É como tentar provar cientificamente que um cara passou com o carro numa poça de lama de propósito. Não há experimento que demonstre que ele fez intencionalmente ou não isto.

Anônimo disse...

As evidencias simplesmente representam sistemas empíricos. Deus não é inferido por evidencias, mas por intuições transcedentais, proselitismo, sofismas e teleologia barata, e isto não é ciência. No máximo é um ramo da filosofia e se apresenta como uma mera especulação, ou uma posição anedótica, informal, ou como vc disse, pessoal!!!

A minha forma de julgar o DI não esta errada, esta de acordo com a ciência, que o rejeita como um sistema empírico. Você tenta dizer que é ciência, eu não, digo que como o conceito de Deus, o designer inteligente esta morto, desde sua tentativa de infiltrar no meio acadêmico com o Of Pandas and People, que por sinal é um livro escrito por criacionistas. E obviamente hj, esses conceitos estão completamente ligados a políticas de extrema direita e ultra-conservadorismo criando sistemas de ensino como escolas vouchers, school charters, sistemas de domesticação de pessoas em vez de educaçao que são enlatados educacionais direcionados a divulgação do extremismo cristão no centro sul do EUA; Texas, Arkansas, Mississippi, Tennessee, Alabama com livros descontextualizados e que estão inclusive sendo analisados pela suprema corte do Estado. O conceito de DI e criacionismo não é mais meramente pseudo-científico, mas hj é ideológico, facção e é tratado como seita pela suprema corte e esta em tramite nos EUA. Chega a ser vergonhoso ver um país lutando contra o extremismo dos religioso de seu próprio território que desviam dinheiro publico para escolas vouchers para ensinar o criacionismo e DI.
Ora, nesses locais é escancarado e assumido claramente que o Designer inteligente é uma manobra criacionista para minar o ensino da biologia como num todo. E de forma incompetente, pois os livros didáticos contém falhas conceituais graves em diversas disciplinas; especialmente em biologia e em historia americana. Livros que foram elaborados pela rede divulgadora do criacionismo e DI Responsive Education Solutions que esta sendo investigada.
Em um dos livros da Responsive no setor de biologia a origem da vida é explicada citando gêneses e conceito de Designer inteligente.
Então não me venha falar que DI independe de religião quando escancaradamente há manobras políticas feitas por representantes cristãos na tentativa de enfiar isso goela abaixo das pessoas destruindo a 6 Emenda americana. E mesmo nos EUA, a ideia de DI não é aceita por universidades que são protestantes. Em nenhuma universidade dos EUA existe um “Laboratório de pesquisa de Designer inteligente”
Isso tudo que você disse é balela do ponto de vista teórico e prático!!!

Anônimo disse...

Alex vinícius, vá para o banheiro de casa se masturbar e veja quantas possíveis vidas humanas (de 400 a 600 milhões de possibilidades) seu ID acabou de desperdiçar no ralo do banheiro. Multiplique este número pela quantidade aproximada de seres humanos que se masturbam no mundo em apenas UM DIA e veja como seu ID é um tremendo de um babaca que desperdiça material genético ao montões no esgoto porque ele é MUITO INTELIGENTE....

Alex Vinicius Ferreira disse...

Victor Rossetti, vou continuar a minha resposta em sequência pois eu ainda não havia acabado de responder você.

Você disse que as fontes que eu apresentei não eram confiáveis por não serem de artigos científicos ou livros, neste caso então vou apresentar outras fontes. Sobre William Whewell e a concepção de Design que ele compartilhava, este artigo diz o seguinte:

"These emphases dovetail with the views of a number of Darwin’s intellectual mentors, including William Whewell, John Herschel, Charles Babbage and Francis Bacon, whoconceived of natural laws as God’s primary mode of governing the physical world. For them, scientific explanations ought to refer to these laws rather than to miracles. These men were not deists – they believed God actively sustained the world by His laws – yetthey considered appeals to secondary causes to be scientifically superior to reliance on miracles.

More directly, Babbage, Herschel and Whewell used the identical word – ‘impressed’ – in order to express the same idea of God inscribing matter with enduring, lawful qualities.16 For example, in the Preliminary Discourse, Herschel wrote of the raw
materials of the universe: ‘by creating them . . . endued with certain !xed qualities and
powers, he has impressed them in their origin with the spirit . . . of his law, and made all their subsequent combinations and relations inevitable consequences of this !rst impression’.17 And Whewell declared in his Bridgewater Treatise,

God is the author and governor of the universe through the laws which he has given to its parts,
the properties which he has impressed upon its constituent elements: these laws and propertiesare, as we have already said, the instruments with which he works . . . through these attributesthus exercised, the Creator of all, shapes, moves, sustains and guides the visible creation.

This statement occurs in the same paragraph as the claim Darwin borrowed from
Whewell as an epigraph to the Origin, which stated that God does not work by discrete miracles but rather ‘by the establishment of general laws’. Whewell went on in the next two paragraphs to quote Francis Bacon and Herschel to the same effect, citing the Herschel quote above.

As such, ‘the Creator’ who ‘impressed laws on matter’ was not the God of specialcreation, but of unbroken law. From an epistemic point of view, Darwin’s argument onlymade sense with this understanding of the deity. An allusion to aMaster Architect ratherthan a Miracle Worker provided the justi!cation for unbroken laws, and these laws allowed only secondary causes, which favoured evolution over special creation. Theology thus played a subtle – yet pivotal – role in this argument for evolution and against special creation".[5]

Agora, quanto as noções de Alfred Russel Wallace sobre Design, você pode ler no Livro:

Alfred Russel Wallace's Theory of Intelligent Evolution: How Wallace's World of Life Challenged Darwinism (Erasmus Press).

Sore Lawrence Joseph Henderson, na própria descrição do livro, diz o seguinte:

"This highly interdisciplinary 2007 book highlights many of the ways in which chemistry plays a crucial role in making life an evolutionary possibility in the universe. Cosmologists and particle physicists have often explored how the observed laws and constants of nature lie within a narrow range that allows complexity and life to evolve and adapt. Here, these anthropic considerations are diversified in a host of new ways to identify the most sensitive features of biochemistry and astrobiology. Celebrating the classic 1913 work of Lawrence J. Henderson, The Fitness of the Environment for Life, this book looks at the delicate balance between chemistry and the ambient conditions in the universe that permit complex chemical networks and structures to exist. It will appeal to a broad range of scientists, academics, and others interested in the origin and existence of life in our universe". [6]

Alex Vinicius Ferreira disse...

Continuação..

A concepção de adaptação ao meio ambiente, é teleológica, logo aborda o Design de uma maneira diferente, mas mesmo assim ainda fala-se sobre o Design.

Realmente eu não entendo o seu conceito de trollagem, eu simplesmente estou pedindo por fontes(fontes que até agora você não mostrou). Saiba também que em nenhum momento eu trollei em comunidade nenhuma do facebook; posso ter exagerado em alguns momentos ou passado do limite,ter sido enérgico, no entanto todos os excessos foram justificados, não foi meramente um ato gratuito de minha parte. Mas veja, mesmo assim tinha indivíduos que me xingavam sistematicamente e deliberadamente a toda hora,muitos deles, e vc não fazia nada, em nenhum momento. Então eu realmente não entendo qual é a sua lógica quando você diz que eu trollei.

Apesar de constantemente ser xingado, veja se em algum momento eu revidei, se em algum momento eu os xinguei em troco; veja por vc mesmo. Não, claro que não.

Se este é o senso de discernimento que você entende, que o guarde para si.

Se não quiser mais me responder, fique a vontade; mas saiba aquele ditado popular que diz " quem cala consente" irá servir perfeitamente para você. Se você não tem sequer capacidade para se defender, que fique calado mesmo.

[5] http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22702030
online:http://www.acsiglobal.org/wp-content/uploads/DeHart-Roger-Darwins-Use-of-Theology-1.pdf

[6] http://www.cambridge.org/us/academic/subjects/astronomy/extrasolar-planets-and-astrobiology/fitness-cosmos-life-biochemistry-and-fine-tuning

Alex Vinicius Ferreira disse...

Eu me lembro do artigo também, aliás é um excelente artigo, por sinal. O artigo chama:

The Fine-Tuning of the Universe for Intelligent Life

Pode ser lido online aqui:http://www.publish.csiro.au/view/journals/dsp_journal_fulltext.cfm?nid=138&f=AS12015

Eu me lembro que você corrompeu o artigo e tirou conclusões precipitadas a partir do resumo, atitude muito feia da sua parte.

O artigo esta aí, corrompa-o se novamente quiser, mas dessa vez seu vexame será maior, claro.

Alex Vinicius Ferreira disse...

Agora, sobre a sua resposta mais recente.

Além de ter corrompido o que eu escrevi, você simplesmente repetiu o que você tinha escrito antes. Neste caso vou somente reiterar minhas objeções e expor de que modo você corrompeu o que eu escrevi.

Corrompeu porque você apenas selecionou as partes que lhe convinha e ignorou as outras que não lhe eram convenientes.

Estou de acordo com você quanto ao processo de secularização; mas e quanto as fontes; eu especifiquei que a relação que você estabelece entre um e outro é incorreta, não há fontes nem referências, de sua parte, sobre uma derrocada do DI com base na secularização. Você simplesmente ignorou quando eu escrevi que as fontes apresentadas por você comprovam apenas as sua alegações sobre a secularização, mas nada ao DI. Ou seja, suas fontes,com relação ao DI, são irrelevantes.

Desde quando eu escrevi que crenças pessoais constituem-se ciência? Desde quando eu escrevi que as concepções pessoas equivalem a teorias científicas? VEJA BEM, não estou dizendo que evidencias anedóticas provem alguma coisa em ciência. Eu disse que muitos proponentes do DI creem pessoalmente que o projetista seja Deus, pessoal quer dizer que é uma crença particular e que não representa a crença de todos os proponentes, dessa forma uns podem crer que o projetista seja Deus, já outros não.

Particular, neste sentido, mostra que não constituem-se de unanimidades, as crenças podem variar de acordo com cada um. Como crença particular não podem designar como o DI em si (como campo de estudo) concebe o projetista, neste aspecto é livre.

Neste sentido, William Dembski escreve:

""ID is not an interventionist theory. Its only commitment is that the design in the world be empirically detectable. All the design could therefore have emerged through a cosmic evolutionary process that started with the Big Bang. What's more, the designer need not be a deity. It could be an extraterrestrial or a telic process inherent in the universe. ID has no doctrine of creation. Scott and Branch at best could argue that many of the ID proponents are religious believers in a deity, but that has no bearing on the content of the theory. As for being “vague” about what happened and when, that is utterly misleading. ID claims that many naturalistic evolutionary scenarios (like the origin of life) are unsupported by evidence and that we simply do not know the answer at this time to what happened. This is not a matter of being vague but rather of not pretending to knowledge that we don't have. " (William Dembski, Commentary on Eugenie Scott and Glenn Branch's "Guest Viewpoint: 'Intelligent design' Not Accepted by Most Scientists). [7]

Michael Behe diz:

"[Intelligent design] is not an argument for the existence of a benevolent God, as Paley's was. I hasten to add that I myself do believe in a benevolent God, and I recognize that philosophy and theology may be able to extend the argument. But a scientific argument for design in biology does not reach that far. Thus while I argue for design, the question of the identity of the designer is left open. Possible candidates for the role of designer include: the God of Christianity; an angel--fallen or not; Plato's demi-urge; some mystical new age force; space aliens from Alpha Centauri; time travelers; or some utterly unknown intelligent being. Of course, some of these possibilities may seem more plausible than others based on information from fields other than science. Nonetheless, as regards the identity of the designer, modern ID theory happily echoes Isaac Newton's phrase hypothesis non fingo". ((Michael Behe, "The Modern Intelligent Design Hypothesis," Philosophia Christi , Series 2, Vol. 3, No. 1 (2001), pg. 165.) [8]

Repare que eles estão se referindo exclusivamente ao DI e não a crenças pessoais.

Fontes:

[7] http://www.discovery.org/a/1216

[8] http://www.discovery.org/f/985

josé seabra disse...

O estudo do interior da célula começou na década de 1940 graças ao avanço tecnológico com a construção do microscópio eletrônico; aos pesquisadores a base da vida mostrou-se então como extraordinário universo planejado de micromáquinas biológicas em atividade. E que é que produziu esse universo? Não se sabe. Sabe-se apenas ser universo resultante de projeto, e evidentemente não de projeto elaborado pela matéria mas sim por alguma força atuante sobre a matéria, força ainda desconhecida da ciência. Denominemo-la ou "força oculta" ou "a inteligência".